O Brasil e a inadimplência
O Brasil possui uma das populações mais endividadas do mundo e isso já se tornou fato conhecido. Seja por conta da baixa renda per capita, sucessão de crises financeiras ou pelo alto valor dos bens duráveis. Os fatores são vários e as consequências também.
A maior delas e que gera mais impacto nas empresas brasileiras é a alta taxa de inadimplência. Esse índice está presente em todas as companhias e em todos os setores.
A inadimplência é tão importante que um dos ecossistemas mais consolidados da economia brasileira é aquele composto por segmentos de empresas especializadas em acompanhar a situação, o histórico e o risco de crédito para milhões de indivíduos.
Gerenciar é essencial
Você já ouviu falar na frase “Aquilo que não é medido, não é gerenciado”?
A gestão da inadimplência é essencial para a administração de qualquer empreendimento. Sua variação é contundente e impacta diretamente no caixa da instituição e, consequentemente, no planejamento financeiro a curto, médio e longo prazo. Um dos mais afetados são os investimentos, necessários para manutenção e crescimento de toda empresa.
Organizar e realizar o monitoramento de inadimplência é uma peça-chave, fundamental para a empresa garantir um ritmo de crescimento saudável e escalonável.
Como iniciar a gestão de inadimplência?
Você acompanhará o passo a passo para realizar uma gestão eficiente dos índices de inadimplência do seu negócio e garantir que seu índices estejam sob controle, com a tutela otimizada, para que não gerem resultados negativos no seu empreendimento.
Esse processo é composto por diversas etapas e pode levar um tempo até conseguir alcançar seu objetivo principal, que é a efetuação do pagamento pelo devedor.
A primeira etapa de todo o processo é verificar se já há um acompanhamento do fluxo de devedores na sua organização. É mais do que essencial que você tenha um painel de controle com os dados de todos os clientes, inclusive com o histórico e perfil de pagador, caso tenha os dados e autorização do cliente para gerenciá-los.
Agora é agir
O segundo momento é aquele que você decidirá qual o fluxo de ações. É mais do que importante dar início a essa série de ações a partir do primeiro dia sem pagamento após o vencimento, isso é um fator determinante para o processo e para diferenciar os tipos de inadimplentes, como os eventuais, que geralmente buscam quitar o mais rápido possível, e aqueles que possuem tendência a negligenciar pagamentos.
Muitas empresas nomeiam esse processo de cobrança ao devedor de ‘régua de cobrança’, onde são definidas ações para cada período da inadimplência. As ações costumam iniciar com notificações mais brandas, como lembretes de pagamento por sms e e-mail, até chegar em cobranças mais complexas, como nas que necessitam de intervenção judicial.
Processual é essencial
É importante definir os detalhes de cada etapa, isso inclui como vão ser os contatos, quais meios serão utilizados e a linguagem que será adotada com esse cliente. Isso tornará o processo mais rápido, eficiente e evitará que aconteçam ruídos de comunicação ou sejam dadas informações desencontradas durante o processo de cobrança.
Você já definiu como será o primeiro contato de cobrança com o cliente? Como a informação será passada? Quem irá realizar essa comunicação? Qual forma e data de pagamento serão ofertadas? O horário em que a notificação ocorrerá?
Esses direcionamentos precisam ser feitos em cada ponto da régua de cobrança e devem seguir à risca o que determina a legislação, como o código de defesa do consumidor.
Lembre as vantagens
O cliente terá muitas vantagens em quitar seu débito com a instituição e quem deve informá-lo disso é você. Benefícios como a recuperação da avaliação junto aos órgãos de análise de risco de crédito, o que permite que o cliente possa pleitear consórcios e parcelamentos para adquirir bens e serviços de alto valor, são pontos relevantes e contribuem no processo de pagamento.
O último recurso
Caso nenhuma forma de cobrança consiga êxito com o cliente, o último passo a ser dado deve ser pela via judicial. Em todos os casos, esse é o último recurso utilizado pelas organizações, após o esgotamento de todos os outros meios. Onde a empresa acionará o devedor nos tribunais, que estará sujeito às penalidades previstas na legislação brasileira.
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